O Vitiligo Presente na Vida de MJ





Com surgimento das manchas No comecinho dos anos 80 , Michael enfrentava um sério problema que não tinha coragem de revelar a ninguém. Manchas esbranquiçadas lhe surgiam pelo corpo, deixando-o bastante intrigado . Michael já tinha enfrentado as espinhas na fase da adolescência e tinha sofrido muito com isso.

Seu pai, irmãos e primos implicavam com ele por causa disso, os fãs não disfarçavam o espanto ao vê-lo com o rosto coberto por enormes espinhas e ele chegou a ficar com vergonha de sair de casa. Sendo assim, como ele iria mostrar aos parentes algo ainda pior que espinhas? Achou melhor ficar quieto e não contar a ninguém sobre as manchas.

À medida que essas manchas aumentavam, ele ia inventando novas maneiras de cobrí-las ou disfarçá-las, como maquiagem e luvas. Com o tempo elas foram ficando cada vez maiores e mais numerosas, por todo o corpo, inclusive partes cada vez maiores de seu rosto.

Michael ficou apavorado e pensou que pudesse estar com algum tipo raro e grave de câncer de pele. Resolveu consultar um dermatologista. A descoberta da doença Assim, em 1983, Michael foi pela primeira vez à clínica do Dr. Arnold Klein e foi diagnosticado como portador de uma doença incurável e não-contagiosa de pele, de causa genética e que pode ser desencadeada e/ou agravada por fatores emocionais e estresse. Essa doença se chama VITILIGO e atinge pelo menos 1% da população mundial, segundo pesquisas.

Ela provoca a despigmentação da pele em áreas maiores ou menores, de acordo com o grau da doença, que varia de pessoa pra pessoa. Mike teve o chamado “vitiligo universal”, que afeta mais de 50% do corpo deixando poucas partes em sua cor original. Quem tem a doença deve evitar o sol porque a pele fica extremamente sensível e pode sofrer queimaduras e até câncer de pele. Eis o porquê de Michael usar chapéu e guarda-chuva até dentro de seu próprio quintal.

O vitiligo aparece mais comumente nas seguintes idades: dos 10 aos 15 anos, e dos 20 aos 40. Michael Jackson tinha pouco mais de 20 anos quando as manchas começaram a aparecer. A reação de Michael a essa notícia foi a esperada: desespero, depressão, medo. “Ah, meu Deus! Essa não! Eu sou uma aberração!”, desabafou ele.

Foi aí que ele foi aconselhado pelo seu médico a procurar a enfermeira e recepcionista, Debbie Rowe (que anos mais tarde viria a ser a mãe de seus dois filhos mais velhos) pra obter mais informações sobre o vitiligo. Michael e Debbie ficaram amigos. Ele ligava pra ela às vezes de madrugada pra chorar as mágoas e ouvir conselhos de como lidar com a doença. Ou melhor: como viver – e conviver – com ela. Ou... melhor ainda, como suportá-la!

Michael sentia como se estivesse vivendo em um pesadelo. Mas sempre que acordava, lá estavam as manchas, sempre aumentando, se multiplicando, se alastrando pelo seu corpo, derrubando cada vez mais sua auto-estima. Michael continuou fazendo o que já fazia antes: disfarçava as manchas com maquiagem. Acabou tendo que revelar este seu segredo às pessoas mais próximas como, além da família, sua maquiadora Karen Faye.

Karen explicou, em uma entrevista de 2003, o que aconteceu naquela época. Segundo ela, Michael escondeu a doença dela por um tempo, depois não deu mais. Ela passou então, a ter a missão de encobrir as cada vez maiores partes descoloradas da pele dele. Chegou a um ponto que ele tinha que maquiar os braços quando ia aparecer em público usando camisas de mangas curtas.

As luvas e um pouco de maquiagem escura nas faces já não bastavam mais. Nos shows, Michael suava e a maquiagem costumava ir embora. Por isso ele foi obrigado a usar camadas cada vez mais grossas de base marrom. Mas nunca conseguia um resultado satisfatório na tentativa de uniformizar a cor de sua pele. Vamos entender porquê: parte da testa de Michael, assim como suas pálpebras e parte do queixo mantinham sua cor natural. Suas bochechas e parte do nariz estavam brancos. Ao tentar maquiar o rosto todo, ficava artificial e desigual, já que a mesma maquiagem ganhava um tom sobre as partes escuras e outro sobre as partes claras.

Foi aí que sua maquiadora assim como seu dermatologista disseram que estava na hora de fazer o contrário: parar de tentar escurecer as partes brancas que já eram predominantes, atingindo mais de 50% do corpo de Michael e passar a clarear as cada vez menores partes escuras. Karen então sugeriu que Michael passasse por uma transição (clareamento gradual à base de maguiagem): ela usaria nele (no rosto e nas partes expostas de seu corpo) uma maquiagem em um tom intermediário que o faria ficar mais natural e com um tom de pele único.

Michael passou então, a usar sempre uma grossa maquiagem cor de Nescau, que igualava sua pele. Nas pontas dos dedos (parte em que suamos mais) ele enrolava esparadrapos, principalmente durante os shows. Nessa fase que começou por volta de 1985 ou 86 e prosseguiu por toda a chamada “Era Bad” (que durou dois ou três anos a partir do disco “Bad” lançado em 87), Michael estava moreno, mais claro que sua cor original (o que deu origem aos boatos de que ele estaria usando cremes e até injeções pra ficar branco). Em 1990 o dermatologista prescreveu pra Michael o uso do creme benoquin, pra clarear as poucas partes - que naquela época já pareciam pequenas pintas ou manchas - escuras que restavam no corpo dele. Há boatos de que Michael, ainda nos anos 80, teria usado um creme clareador de pele chamado “Porcelana”, que era vendido sem prescrição médica. Ele teria tentado atenuar o contraste das manchas em sua pele escura por conta própria, antes do médico lhe prescrever o benoquin. Mas isso é apenas especulação...
Veja aqui algumas fotos de marcas do Vitiligo visíveis na pele do Mike:








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